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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mais uma da série: "Mais um pouco de linguística".(PARTE 1)

 por: Paulo Ruam Aquino da Silva.
Olá pessoal,

continuando os trabalhos relacionados à disciplina de Linguística III:Morfossintaxe, do prof. Thiago Gil, iniciados por nossa ilustríssima colaboradora Ayanny ou "Nona Ay", como preferirem, estou postando para quem quiser, como fonte de pesquisa, um pequeno artigo falando sobre a história da linguística. Em breve estarei postando mais trabalhos e artigos da área de Letras para vocês poderem utilizar como fonte de pesquisa.

Cordialmente,
DOM.


HISTÓRIA DA LINGÜÍSTICA (por Paulo Ruam Aquino DA SILVA).

FERDINAND DE SAUSSURE

         Nasceu em Genebra, em 1857. Estudou em Leipzig e em Berlim. Foi diretor da Escola de Altos Estudos em Paris ( 1880 – 1891 ). Retornou a Genebra, onde lecionou na Universidade até 1913, quando faleceu. Em vida publicou duas obras: Memória sobre o sistema primitivo das vogais nas línguas indo-européias e sua tese de doutorado sobre o genitivo absoluto em sânscrito (1878 e 1881, respectivamente). Uma série de artigos e notas foi reunida e publicada após sua morte, com o título Recolha das publicações científicas de Ferdinand de Saussure (1922). O Curso de lingüística geral foi redigido por Bally e Schelaye sobre anotações de aulas (1916). Sua doutrina logo se popularizou. É abastecida pelo sociologismo de Dürkheim e pela psicologia coletiva de Tarde, assim como pela economia política. A doutrina repousa sobre uma série de distinções a que se chamou “mania dicotômica”. Saussure assume essa mania, dizendo: “a linguagem é redutível a 5 ou 6 dualidades ou par de coisas”. 
            1a  - dualidade _ a semiologia frente a todas a outras ciências sociais, sendo a sociologia uma instituição social, um sistema de signos;
            2a  -- semiologia e linguagem (uma inclui a outra);     
            3a  “linguagem” frente a cada uma das línguas humanas;
            4a  -langue e parole (a lingüística se ocupa da langue);
            5a   sintagma e paradigma (relação em presença versus relação em ausência);
            6a  - sincronia e diacronia;
            7a – significado e significante (o signo lingüístico é arbitrário, linear, discreto).
           
As unidades que constituem o sistema só funcionam por aquilo que os distinguem umas das outras. Saussure foi o precursor da fonologia de Praga (imagem acústica arbitrária em relação ao significado).
            Na época, o Cours foi subestimado. As resenhas eram negativas. Ressente-se de uma lingüística da parole. Comenta-se que os compiladores, anotando o que era falado, colocavam suas próprias idéias. A fidelidade é discutível. Os compiladores o ressalvam. Há casos de “censura”, em expressões não muito acadêmicas, ou que poderiam levantar problemas políticos ao falar de outras nações. Saussure diz também serem as mudanças na langue provenientes de mudança na parole, embora um indivíduo não possa modificar a língua. Langue é forma, não substância. Uma lingüística da parole arrisca-se a ser toda sorte de coisas: psicologia, estilística, fonética etc. Sobre a oposição sincronia/diacronia, o próprio Saussure diz serem difíceis de separar metodologicamente. O Cours, bem lido, basta para colocar corretamente esse problema. Engler lança edição crítica e também Tulio de Mano. 1972). Os filósofos estóicos já faziam oposição entre forma e sentido (o que é Significado? Imagem acústica? Referencial?) Para demonstrar o caráter estrutural da linguagem, criou a metáfora do tabuleiro de xadrez: a mudança em uma peça modifica a situação de muitas outras. Seus compiladores afirmam estar Saussure contido no que Saussure disse, como o carvalho está contido na bolota.        

CONTINUA...

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