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terça-feira, 18 de junho de 2013

PAUSE... Para um comentário #3: "Onde estão os alunos do Curso de Licenciatura em Letras da Universidade Regional do Cariri - URCA?"

Essa pergunta vem me corroendo há algum tempo. Nas duas últimas semanas houve, na URCA, dois eventos. Um do próprio curso de Letras, a "Semana de Estudos sobre o Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas" (SEALLi), na qual trazia três eventos em um: II Semana do PIBID/Letras; III Seminário de Introdução à Semântica e I Encontro de Linguística Aplicada da URCA. O outro o "I Encontro do PIBID", no qual todos os PIBID's estavam participando. Como alguns sabem, sou bolsista do PIBID/Letras e estive envolvida nos dois eventos. Infelizmente, tenho que dizer que não vi muito envolvimento dos alunos do curso, principalmente, no SEALLi. Alguns só participaram porque  a apresentação do trabalho valeria nota.

Nas palestras temáticas das professoras Dilamar Araújo (UECE) e Irandé Antunes (UFPE) no SEALLi, os discentes compareceram em peso, entretanto poucos fizeram questão de se fazer presentes na palestra do Prof. Thiago Gil (URCA). Será que nos enquadramos tão somente na classe de indivíduos que só dão valor ao que é de fora? Falta de consideração com o professor do Nosso curso.

No que se refere ao I Encontro do PIBID, devo confessar que estive em débito no que diz respeito ao comparecimento nas apresentações dos trabalhos das minhas colegas bolsistas, estando presente apenas no dia da minha apresentação, assim como no tocante às palestras. Estive presente na palestra temática do curso de Letras, na qual o Prof. Edson Martins (URCA) foi o palestrante. Mais uma vez o quadro se repetiu: pouquíssimos alunos compareceram. Enquanto, apenas a título de informação, os alunos do curso de pedagogia se fizeram presentes na maioria das palestras e comunicações.

Diante do exposto eu pergunto: "Como devemos nos posicionar diante disso?", "Como nós, alunos de Letras, devemos agir?", "Cadê vocês?","Onde nós estamos?", "O que, de fato, estamos pretendendo num curso onde somos levados a  nos questionar sobre nós mesmos e os outros enquanto sujeitos lúdicos que somos?"

Admito: é muito exigido de nós dentro das salas de aula, no entanto a universidade não se faz unicamente diante de um quadro. Nem mesmo a escola se faz apenas diante de um quadro. Talvez, e se isso for verdade se torna trágico no sentido mais "trágico" da palavra, alguns alunos ainda desconheçam e pouco se acostumem com um ritmo diferente daquele sustentado por 15 ou 16 anos de vida. Muitos ainda acreditam no ideal de que as coisas só terão validade se tiverem peso de nota no fim do semestre, no entanto tomo emprestado as palavras que uma vez 'NONA Ay' proferiu pelos corredores:

"Certa vez um professor meu disse a minha turma que pensássemos bem sobre que curso faríamos. Achei profundo o que ele dissera e matutei aquilo por dias. Meu professor dissera o seguinte: pensem bem no que escolherão, pois será o que farão todos os dias ao acordarem de manhã. Quer dizer, se você for pensar direito nisso, se você escolhe a profissão errada, vai odiar os dias de universidade e de trabalho".

Acordem! Há muito a se aprender fora da sala de aula. É importante se reconhecer os valores das coisas, não pelas notas, mas por aquilo que elas podem nos ensinar. As vezes um conteúdo só é realmente entendido quando se vê a prática dele.

É bom participar dos eventos por currículo? É. Só que não se resume apenas a isso. Existe aprendizado fora da sala de aula. Ou como a própria Profª Irandé Antunes nos disse em sua palestra dentro de um dos eventos supracitados: "Existe vida depois do vestibular". Acredito que tal postura é algo que deve ser refletido por todos nós, discentes do curso de Letras da Universidade Regional do Cariri - URCA.


By D. Almeida e demais colaboradores

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